A conquista do amor é resultado de processos emocionais amadurecidos, vivenciados pela conquista do Si. (...)
O problema do espaço físico, que contribui para a agressividade animal, à medida que se faz reduzido para a população que o habita, passa a ser enfocado de maneira diversa, em razão de o sentimento de amor demonstrar que a pessoa ao lado ou distante não é mais competidora, aquela adversária da sua liberdade, mas se trata de participante das mesmas alegrias e oportunidades que se apresentam favoráveis a todos os seres.
O pensamento, irradiando essa onda de simpatia afetuosa, estimula os neurônios à produção de enzimas saudáveis que respondem pela harmonia do sistema nervoso simpático e estímulo das glândulas de secreção endócrina, superando as toxinas de qualquer natureza, responsáveis pelos processos degenerativos e pela deficiência imunológica, que facultam a instalação de doenças.
Por outro lado, em face do enriquecimento emocional que o amor proporciona, a alegria de viver estimula a multiplicação de imunoglobinas que preservam o organismo físico de várias infecções, tornando-se responsáveis por um estado saudável.
Ao mesmo tempo, a irradiação psíquica produzida pelo amor direciona vibrações específicas em favor das pessoas enfocadas que, permitindo-se sintonizar com essa faixa, beneficiam-se das suas ondas carregadas de vitalidade salutar.
O universo é estruturado em energia que se expande em forma de raios, ondas, vibrações... O ser humano, por sua vez, é um dínamo produtor de força que vem descobrindo e administrando tudo quanto o cerca.
À medida que penetra a sonda do conhecimento no que jazia ignorado, descobre a harmonia em tudo presente, identificando um fator comum, causal, predominando em a Natureza, que pode ser decodificado como o hálito do amor do qual surgiram os elementos constitutivos do Cosmo.
A identificação dessa força poderosa, que é o amor, faculta a sua utilização de maneira consciente em favor de si mesmo como de todas as formas vivas.
As plantas absorvem as emanações do amor ou sentem-lhe a ausência, ou sofrem o efeito dos raios desintegradores do ódio, que é o amor enlouquecido e destruidor. Os animais enternecem-se, domesticam-se, quando submetidos ao dinamismo do amor que educa e cria hábitos, vitalizando-se com a ternura ou deperecendo com a sua falta, ou extinguindo-se com as atitudes que se lhe opõem.
O ser humano, mais sensível, porque portador de mais amplas possibilidades nervosas de captação – pode-se afirmar com segurança – vive em função do amor ou desorganiza-se em razão de sua carência.
Amorterapia, portanto, é o processo mediante o qual se pode contribuir conscientemente em favor de uma sociedade mais saudável, portanto, mais justa e nobre.
Essa terapia decorre do autoamor, quando se enriquece de estima por si mesmo, descobrindo o seu lugar de importância sob o sol da vida e, esplendente de alegria, reparte com as demais pessoas o sentimento que o assinala, ampliando-o de maneira vigorosa em benefício de todas as criaturas.
Enquanto as irradiações do ódio, da suspeita, do ciúme, da inveja e da sensualidade são portadoras de elementos nocivos, com alto teor de energias destrutivas, o amor emite ondas de paz, de segurança, sustentando o ânimo alquebrado, pela confiança que transmite, da bondade pelo exteriorizar do afeto, de paz em razão do bem-estar que proporciona, de saúde como efeito da fonte de onde se origina.
Ao descobrir-se a potência da energia do amor, faz-se possível canalizá-la terapeuticamente a benefício próprio como do próximo.
Desaparecem, então, a competição doentia e perversa, o domínio arbitrário e devorador do egoísmo, surgindo diferente conduta entre os indivíduos, que se descobrirão portadores de inestimáveis recursos de paz e de saúde, promotores do progresso e realizadores da felicidade na Terra.
JOANNA DE ÂNGELIS (Espírito). Psicografia de Divaldo Pereira Franco. Amor, Imbatível Amor. Série Psicológica Joanna de Ângelis. Vol. 09. ed 1. Salvador: LEAL, 2014. “Amorterapia”. p. 231 (trechos).