O corpo se organiza, tem o seu ciclo vital, desagrega-se e modifica as moléculas que o constituem, mediante o fenômeno da morte.
A morte é, portanto, acontecimento biológico, inevitável, para todas as formas vivas da Terra.
Considera a fragilidade orgânica na qual te movimentas, e, ao cair do dia, antes do repouso no lar, pensa na possibilidade de a perderes mediante a transformação pela morte.
O sono é quase uma desencarnação, e ninguém tem segurança se despertará na aparelhagem física no dia seguinte...
Faze uma avaliação do teu dia, busca retificar o em que te enganaste, reprograma as tuas atividades e vive com a retidão que caracteriza aquele que dispõe de pouco tempo, confiando no prosseguimento da vida após o transe.
Desenfaixa-te dos elos retentivos com a retaguarda, sempre que te sintas atado, recordando que a vida prossegue, e toda vinculação com os caprichos humanos representa sofrimento em programação.
Todos os momentos que passam, podem ser considerados adeuses.
Assim, avança para o amanhã, libertando-te, para alcançares o triunfo da tua imortalidade.
* Do livro Episódios Diários. Psicografia de Divaldo Franco. Ed. LEAL, cap. 50.